Como a prolactina pode interferir na fertilidade do casal?
Congelamento de Semen
O congelamento seminal é a maneira mais eficaz de preservar os gametas masculinos para uso posterior. A técnica mais utilizada nos laboratórios para se congelar uma amostra é a criopreservação no vapor de nitrogênio líquido, que tem este nome pois envolve o uso de temperaturas extremamente baixas.
Há diversas razões para um homem optar por congelar seus espermatozoides:
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Cirurgias no aparelho reprodutor que podem comprometer a produção espermática (ex: vasectomia, varicocelectomia, prostatectomia, entre outras).
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Tratamento oncológico envolvendo radioterapia e/ou quimioterapia
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Ambientes de trabalho que afetam negativamente a qualidade espermática: ambientes com altas temperaturas (ex. fornos de alta temperatura) e diferentes pressões (ex. mergulhadores profissionais), presença de metais pesados e/ou solventes orgânicos (ex. metalúrgicos e pintores) e locais com radiações (ex. médicos radiologistas)
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Prática de atividade física em excesso (ex. ciclistas profissionais)
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Cirurgia de derivação do trato intestinal (ex. Fobi-Capella) para tratamento da obesidade mórbida
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Armazenamento de espermatozoides obtidos cirurgicamente (aspiração/biópsia de testículo/epidídimo)
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As amostras congeladas podem ficar armazenadas por tempo indeterminado, sendo descongeladas quando o paciente optar por utilizá-las em algum tratamento de reprodução assistida. De acordo com a qualidade do sêmen e a quantidade de amostras disponíveis, o médico responsável pode indicar um tratamento de baixa complexidade (inseminação intrauterina – IIU) ou de alta complexidade (injeção intracitoplasmática de espermatozoides – ICSI ou fertilização in vitro clássica – FIV).
Cada amostra é cuidadosamente identificada, assegurando a precisão e a confiabilidade. É efetuada uma análise seminal completa em uma pequena alíquota e o restante da amostra é resfriado gradativamente após a adição de um diluente protetor (até atingir -100°C).
No final do resfriamento a amostra é armazenada no nitrogênio líquido a -196°C.
Cerca de 25-50% de espermatozoides não sobrevivem ao processo de criopreservação. Várias técnicas têm sido estudadas para diminuir este percentual.
A utilização do sêmen criopreservado não acarreta aumento de complicações na gravidez ou no parto e não oferece qualquer risco genético adicional.