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A investigação da Fertilidade

Na primeira consulta o casal será avaliado individualmente, ou seja, tanto o homem quanto a mulher serão investigados. Após minuciosa anamnese o especialista indicará os exames a serem realizados, a fim de detectar as possíveis causas do quadro de infertilidade.

Casal no Laptop

Investigação da Fertilidade

Exame Laboratorial

Exame laboratorial básico deverá ser solicitado para verificar os níveis de hormônios importantes relacionados ao ciclo menstrual e à ovulação, como FSH, LH, estradiol, prolactina, função tireoidiana, testosterona, entre outros. O ciclo menstrual regular depende do equilíbrio entre todos esses hormônios e o excesso ou falta de um hormônio pode causar infertilidade. Em situações como o hipotireoidismo (TSH elevado e T4 livre baixo) esse desequilibrio hormonal pode levar a distúrbios de ovulação, e esse é um fator de infertilidade.

Alguns exames, como o FSH, LH e estradiol, devem ser dosados entre o terceiro e quinto dias do ciclo menstrual, e permitem avaliar a reserva de óvulos que existe dentro dos ovários.

Ultrassonografia Transvaginal

Ultrassonografia transvaginal permite a avaliação da anatomia pélvica, principalmente útero e ovários.

A ultrassonografia transvaginal é muito importante na nossa prática clínica e faz parte do exame de rotina  na primeira consulta, ela nos permite avaliar  a condição dos ovários, como tamanho, volume e a presença de folículos antrais (contagem de folículos antrais)  cistos e nódulos;

observa sinais de ovulação, como corpo lúteo, além de suspeitar de lesões como endometriose e endometrioma ovariano.

O ultrassom para a contagem de folículos antrais deverá ser feito no começo do ciclo, entre o 2o e 4o dia; se o objetivo for avaliar a ovulação, deverá ser feito na  fase lútea, entre o 18o e 24o dia do ciclo.

Histerossalpingografia

Exame padrão ouro para avaliar a permeabilidade das trompas, bastante utilizado na nossa prática médica para avaliar a cavidade e as tubas uterinas. Aplica se um  contraste através do colo do útero, seguido de radiografia da região, conseguimos identificar alterações na anatomia da cavidade endometrial e das tubas ou desvios nesses órgãos, a partir do caminho percorrido pelo líquido. Atualmente utilizamos um contraste que  causa menos desconforto e menos reações alérgicas. A histerossalpingografia ainda é um exame que causa medo nas pacientes, pois tem fama de que causa muita dor. Porém, se feito em um bom laboratório, que utiliza um cateter delicado, contraste aquecido e analgésicos pré-exame, a paciente muitas vezes não sente dor alguma.

Hormônio Antimulleriano

O Hormônio Antimulleriano produzido nos ovários, pelas células da granulosa dos folículos antrais e pré-antrais. Tem função principal de estimar a reserva ovariana, ou seja, a quantidade de óvulos remanescente.

Quanto maior o hormônio anti-mülleriano, maior a reserva de óvulos. Consideramos como baixa reserva ovariana níveis de HAM < 1 ng/mL. Pode ser colhido em qualquer fase do ciclo menstrual, mas a mulher não pode ter usado contraceptivos hormonais (pílulas, anel vaginal e injetáveis) nos últimos 3 meses.

Ressonância Nuclear Magnética Pélvica

A Ressonância Nuclear Magnética pélvica está indicada, principalmente em no nosso  arsenal, para o diagnóstico de endometriose, problema prevalente em cerca de 10% das mulheres em idade fértil, e cerca de 40% das inférteis. Além de também poder diagnosticar  adenomiose, tumores, cistos, miomas e malformações uterinas. Normalmente é inserido gel intravaginal e retal, para aumentar a sensibilidade do exame.

Vídeo-histeroscopia

A Vídeo-histeroscopia é considerado o exame padrão-ouro (gold standard) para detectar alterações uterinas, como pólipos endocervicais e endometriais, endometrites, miomas submucosos, adenomiose, malformações uterinas e outras, como sinéquias. É feito em laboratórios especializados, através de uma pequena ótica de 2,7 mm que entra pelo colo do útero e visualiza a cavidade endometrial. Não é um exame obrigatório para todas as mulheres inférteis, sendo mais indicada em casos de suspeita de pólipos, abortamento de repetição, sangramento uterino anormal, miomas submucosos, malformações uterinas e falhas de tratamentos de reprodução assistida. Não há consenso quanto a sua obrigatoriedade, em nosso serviço faz parte do arsenal diagnóstico para infertilidade

Cariótipo com banda G

O cariótipo com banda G é capaz de identificar problemas genéticos nos cromossomos do casal, como mosaicismos, translocações e aneuploidias. Em casos de alterações, o casal pode ter risco aumentado de doenças genéticas para os filhos, o que indica realizar uma análise genética no embrião, antes da implantação. Isso pode ser feito nos tratamentos de fertilização in vitro. O cariótipo normalmente é feito através de coleta de sangue e cultivo de linfócitos, o que pode demorar algumas semanas para termos os resultados.

Videolaparoscopia

A videolaparoscopia que também pode ser considerado uma cirurgia minimamente invasiva, utiliza uma câmera para constatar distúrbios, como endometriose, cistos e miomas. O procedimento é realizado por meio de uma pequena incisão de 1 cm feita no umbigo, para que a câmera possa filmar os órgãos reprodutivos em tempo real. Atualmente utilizamos aparelhos em full HD, que permitem uma visualização até mais detalhada do que a olho nu, pois podemos aproximar a ótica das estruturas mais profundas da pelve feminina. Vale ressaltar que a videolaparoscopia é, na grande maioria das vezes, indicada como tratamento para doenças já suspeitas, como endometriose. Porém, somente após a cirurgia é que algumas hipóteses são confirmadas (ou descartadas), tendo seu valor terapêutico e também diagnóstico.: procedimento realizado em ambiente cirúrgico que permite a avaliação completa da anatomia pélvica, permeabilidade das trompas e pesquisa de endometriose.

Blog - Sobre Investigação da Infertilidade

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