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Como diminuir riscos de doenças genéticas na fertilização in vitro?

Atualizado: 16 de nov. de 2021

O diagnóstico genético pré implantacional (PGT) pode ser realizado durante o procedimento de Fertilização in Vitro.


Quando o teste genético é recomendado?

Como visto, a análise genética do embrião pode ser direcionada a objetivos específicos de acordo com o caso, sendo fundamental que o especialista faça o levantamento do histórico familiar e individual do casal para determinar qual conduta é mais adequada.

Considerando as particularidades de cada caso, o PGT-M pode ser indicado para as seguintes situações, de acordo com recomendação do Conselho Federal de Medicina (CFM):

  • Histórico familiar de doenças gênicas;

  • Alteração genética entre os progenitores que pode ser transmitida aos filhos;

  • Casais com filhos portadores de patologias nas quais o tratamento recomendado seja o transplante de células-tronco de doador compatível;

  • Casais que já tiveram filhos com malformação.

O PGT-M está indicado para famílias com histórico de doenças monogênicas como Fibrose Cística, Síndrome do X Frágil, Doença de Huntington, Surdez Congênita, Amiotrofia espinhal, Anemia Falciforme entre outras.

Essas alterações podem ser evitadas ou minimizadas ao optar por não transferir os embriões com a patologia.


Já o PGT-A, por se tratar de uma investigação ampla, é recomendado em casos de falhas repetidas na implantação embrionária, ciclos de FIV sem sucesso, abortos de repetição, mulheres com idade reprodutiva avançada (principalmente a partir de 38 anos), alterações severas no espermograma, entre outras.

O PGT-A está indicado em casos de idade materna acima de 35 anos, abortamento de repetição, falhas de implantação e em alguns casos de fator masculino de baixa qualidade ou quantidade.

Quais são as vantagens de realizar o PGT?

As vantagens da análise genética do embrião serão percebidas em casos específicos nos quais o teste é realmente relevante para contribuir com uma gestação de sucesso. Dessa forma, não se recomenda a realização fora do escopo indicado pelo CFM.

Para os casais que se enquadram nos cenários apresentados, o teste genético pré-implantacional pode resultar em benefícios como:

  • Menos tempo para conseguir uma gestação;

  • Redução no número de transferências embrionárias;

  • Menores chances de aborto;

  • Maiores chances de implantação embrionária;

  • Menores taxas de gestação múltipla.

Apesar das vantagens comprovadas da análise genética, é importante que o casal esteja consciente sobre as limitações da técnica. De acordo com um estudo realizado na Vrije Universiteit Brussel (VUB) na Bélgica e publicado na revista científica Human Reproduction a realização do PGT não altera a taxa de natalidade por ciclo de FIV iniciado, porém aumenta significativamente as taxas por transferência embrionária.

Além disso, alguns estudos indicam que a biópsia pode diminuir significativamente as taxas de aborto espontâneo, sendo essa redução de até 50%. O PGT diminui o risco de abortamento, o tempo de tentativas de fertilização in vitro, além de diminuir a chance de nascimentos com anormalidade genéticas (aquelas passíveis de diagnóstico na fase embrionária).




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