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Quando devemos congelar o sêmen?

Atualizado: 16 de nov. de 2021



O congelamento seminal é a maneira mais eficaz de preservar os gametas masculinos para uso posterior.

Há diversas razões para um homem optar por congelar seus espermatozoides:

  • Cirurgias no aparelho reprodutor que podem comprometer a produção espermática (ex: vasectomia, varicocelectomia, prostatectomia, entre outras)

  • Tratamento oncológico envolvendo radioterapia e/ou quimioterapia

  • Ambientes de trabalho que afetam negativamente a qualidade espermática: ambientes com altas temperaturas (ex. fornos de alta temperatura) e diferentes pressões (ex. mergulhadores profissionais), presença de metais pesados e/ou solventes orgânicos (ex. metalúrgicos e pintores) e locais com radiações (ex. médicos radiologistas)

  • Prática de atividade física em excesso (ex. ciclistas profissionais)

  • Cirurgia de derivação do trato intestinal (ex. Fobi-Capella) para tratamento da obesidade mórbida

  • Armazenamento de espermatozoides obtidos cirurgicamente (aspiração/biópsia de testículo/epidídimo)

  • As amostras congeladas podem ficar armazenadas por tempo indeterminado, sendo descongeladas quando o paciente optar por utilizá-las em algum tratamento de reprodução assistida. De acordo com a qualidade do sêmen e a quantidade de amostras disponíveis, o médico responsável pode indicar um tratamento de baixa complexidade (inseminação intrauterina – IIU) ou de alta complexidade (injeção intracitoplasmática de espermatozoides – ICSI ou fertilização in vitro clássica – FIV).

A técnica mais utilizada nos laboratórios para se congelar uma amostra é a criopreservação no vapor de nitrogênio líquido, que tem este nome pois envolve o uso de temperaturas extremamente baixas.

Cada amostra é cuidadosamente identificada, assegurando a precisão e a confiabilidade. É efetuada uma análise seminal completa em uma pequena alíquota e o restante da amostra é resfriado gradativamente após a adição de um diluente protetor (até atingir -100°C).

No final do resfriamento a amostra é armazenada no nitrogênio líquido a -196°C.

Cerca de 25-50% de espermatozoides não sobrevivem ao processo de criopreservação. Várias técnicas têm sido estudadas para diminuir este percentual.


Para otimizar as chances de uma futura fertilização, recomenda-se que sejam congelados, no mínimo, três ejaculados com intervalos estipulados pelo médico responsável.

Esse número pode ser maior ou menor de acordo com a qualidade da amostra seminal.

As taxas de gravidez utilizando-se o sêmen criopreservado variam conforme a técnica de reprodução assistida utilizada e a qualidade da amostra após o descongelamento.

A utilização do sêmen criopreservado não acarreta aumento de complicações na gravidez ou no parto e não oferece qualquer risco genético adicional.




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